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Relato integrado de 
Sustentabilidade 2023

Capital natural

ods:

  • ODS 3: Saúde e bem-estar
  • ODS 12: Consumo e produção responsáveis
  • ODS 13: Ação contra a mudança global do clima

ods:

  • 3

  • 12

  • 13

  • 3

    ODS 3: Saúde e bem-estar

  • 12

    ODS 12: Consumo e produção responsáveis

  • 13

    ODS 13: Ação contra a mudança global do clima

Gestão ambiental

GRI 2-25

Nossa preocupação com o meio ambiente está expressa nos direcionadores estratégicos da Companhia, no Código de Conduta, assim como faz parte do nosso Planejamento Estratégico ESG e compõe os objetivos e metas de desempenho da organização e dos executivos. Temos uma Política de Saúde, Segurança e Meio Ambiente, que traz as diretrizes em relação ao tema e norteia nossas ações.

Atuamos para disseminar o uso racional dos recursos naturais e desenvolvemos projetos para reduzir seu consumo, de forma a mitigar nosso impacto ambiental. Para monitorar o consumo de recursos naturais, dispomos de uma ferramenta (Resource Advisor, da Schneider Electric), que possibilita o controle do consumo de água e energia nas unidades hospitalares em tempo real. A ferramenta agrega em uma única plataforma todos os indicadores ambientais, facilitando a gestão e substituindo os sistemas internos de KPIs. Além da ferramenta de coleta de dados ambientais, dispomos de uma ferramenta de gestão ESG que integra as principais metodologias de relato de sustentabilidade.

83% do consumo de energia proveniente de fontes renováveis
Redução de 13% no total de resíduos perigosos gerados
Redução de 5% no total de resíduos gerados

133

unidades

71

unidades

Para o funcionamento dos nossos sistemas de iluminação, climatização, aquecimento, bombeamento de água, elevadores e equipamentos médicos, utilizamos prioritariamente energia fornecida pelas concessionárias. Somente quando necessário, seja por falta de energia elétrica da concessionária ou para manutenção dos equipamentos, os geradores de energia elétrica são acionados.

Monitoramos mensalmente o consumo de energia em todas as unidades hospitalares em tempo real (Resource Advisor), auxiliando no consumo consciente e economia de energia.

Esse é um tema material considerado estratégico, segundo nosso Planejamento Estratégico ESG.

Energia não renovável

Consumo de energia - fontes não renováveis [GRI 302-1] 20239 20228,9 20219
MWh5 GJ4 MWh5 GJ4 MWh5 GJ4
Eletricidade3 Eletricidade convencional (Mercado Cativo / Concessionária)3 12.641,66 45.409,98 (63%) 18.672,55 67.221,17 (72%) 47.846,39 172.247,00 (89%) Comparação ao reporte anterior7
Diesel (geradores) 7.517,75 27.063,91 (37%) 7.183,97 25.862,29 (28%) 5.652,06 20.347,43 (11%)
Total eletricidade 20.159,41 72.573,89 (34%) 25.856,52 93.083,46 (42%) 53.498,45 192.594,43 (60%)
Aquecimento Diesel 195,06 702,22 (0%) - - - -
Gasolina 1.447,11 5.209,61 (4%) - - - -
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) 5.420,90 19.515,22 (14%) 5.634,30 20.283,46 (16%) - -
Gás natural 32.168,27 115.805,76 (82%) 30.200,77 108.722,77 (84%) 35.498,08 127.793,10 (100%)
Total aquecimento 39.231,34 141.232,81 (66%) 35.835,07 129.006,24 (58%) 35.498,08 127.793,10 (40%)

Resfriamento e vapor para consumo e autogeração com uso de combustíveis não consumidos1

N/A
Venda de energia1 N/A
Total de energia - fontes não renováveis 59.390,75 213.806,70 61.691,58 222.089,70 88.996,54 320.387,53
Intensidade fontes não renováveis (GJ/pac.dia)  [GRI 302-3] ⁷ 0,076 0,083 0,078 Reduziu

Energia renovável

Consumo de energia – fontes renováveis [GRI 302-1] 20239 2022 8, 9 20219
MWh5 GJ4 MWh5 GJ4 MWh5 GJ4 Comparação ao reporte anterior 2 
Eletricidade 3 Eletricidade convencional (Mercado Cativo / Concessionária) 3 50.566,64 182.039,90 (16%) 248.588,90 380.919,95 (39%) 143.539,17 516.741,00 (64%)
Eletricidade incentivada (Mercado Livre de Energia) 255.667,91 920.404,48 (84%) 167.973,89 604.706,00 (61%) 81.249,44 292.498,00 (36%)
Total eletricidade 306.234,55 1.102.444,38 (100%) 416.562,79 985.625,95 (100%) 224.788,61 809.239,00 (100%)
Etanol 14,83 53,37 (100%) N/A N/A N/A N/A
Total aquecimento 14,83 53,37 N/A N/A N/A N/A
Resfriamento e vapor para consumo e autogeração com uso de combustíveis não consumidos¹ N/A
Venda de energia 1 N/A
Total de energia - fontes renováveis 306.249,38 1.102.497,75 416.562,79 985.625,95 224.788,61 809.239,00
Intensidade fontes renováveis (GJ/pac.dia) GRI 302-3] 2 0,06 0,142 0,216 Reduziu

Consolidado

Consumo de energia dentro da organização [GRI 302-1] 2023 2022 2021
MWh⁵ GJ MWh⁵ GJ MWh⁵ GJ Comparação ao reporte anterior7
Fontes não renováveis 59.390,75 213.806,70 (16%) 61.691,582 222.089,70 (18%) 88.996,54 320.387,53 (28%)
Fontes renováveis 306.249,38 1.102.497,75 (84%) 416.562,79 985.625,95 (82%) 224.788,61 809.239,00 (72%)
Total 365.640,13 1.316.304,45 478.254,37 1.207.715,65 313.785,15 1.129.626,53
GJ/pac.dia [GRI 302-3] 2  0,136 0,224 0,294 Reduziu

1 Não se aplica (N/A). A Rede D’Or não consome combustíveis para processos de resfriamento, geração de vapor e não realiza venda de energia.

2 Houve redução gradativa na intensidade energética consolidada de unidades hospitalares quando comparado aos anos anteriores (aproximadamente -39% entre 2023 vs. 2022), ainda que o consumo absoluto tenha aumentado, o que reforça as ações de eficiência energética da companhia com sua meta de redução do consumo de energia (ver “Eficiência Energética” e “metas ESG”) [GRI 302-4]. Considerando que os hospitais representam praticamente 95% do consumo total da companhia, é necessário destacar que o consumo de eletricidade em mercado cativo vem reduzindo a cada ano com a adesão de unidades no Mercado Livre de Energia (MLE) o que, em contrapartida, faz com que o consumo de eletricidade renovável aumente a cada ciclo de reporte. A adesão ao MLE é uma estratégia da companhia em que esta ação é impulsionada por uma meta específica (ver o tópico “Metas ESG”). Com isto, alinhado ao compromisso ambiental da companhia, é possível verificar que nossa matriz energética de consumo de energia dentro da organização está em cerca de 80% proveniente de energias renováveis e 20% de energias não renováveis, destacando-se que a composição de energia renovável em relação à não renovável vem sendo favorecida a cada ano.

3 O consumo de energia elétrica cativa (renovável e não renovável) é estimado com base no consumo total e consumo de mercado livre de energia, em que “consumo total de energia elétrica (cativa) = consumo total de energia elétrica – consumo total de energia elétrica de mercado livre”. Em 2022, reportamos eletricidade sem separar entre renovável e não renovável, e havíamos reportado 1.052.847,12 GJ para 2022 e 981.486 GJ para 2021, uma vez que não tínhamos referência para esta segregação da eletricidade de mercado convencional. Neste ciclo, adotamos como referência o Balanço Energético Nacional Interativo (BEN), onde há a segregação do “Fluxo Elétrico da Oferta Interna de Energia” por energia elétrica renovável, não renovável e importada (no site, selecionar “1. Análise Energética e Dados Agregados” e “1.14. Fluxo Elétrico”). Desta maneira, adotamos como premissa estimar nossas fontes de consumo de energia elétrica a partir destes dados teóricos para energia renovável e não renovável. Sobre “energia elétrica de importação”, consideramos como não renovável, por prevenção, uma vez que não se tem rastreabilidade da fonte [GRI 2-4]. O consumo de eletricidade proveniente de Mercado Livre de Energia contabiliza hospitais e outras unidades de negócios, como centros médicos (CEMEDs), sendo que estes podem estar localizados em unidades hospitalares. Contudo, o consumo em CEMEDs representa aproximadamente 2% do total, portanto é insignificante no montante total;

4 Até a publicação deste relatório não houve divulgação do fluxo elétrico para 2023. Desta maneira, adotamos como referência a média do fluxo elétrico de 2020 a 2022, que será alterada no próximo reporte mediante divulgação do fluxo elétrico de 2023. Deste modo, foi considerada oferta de 80% de eletricidade renovável e 20% de não renovável (que contempla energia importada), logo estimamos total de 182.039,90 GJ de fontes renováveis (163.972,56 GJ de hospitais) e 45.509,98 GJ de fontes não renováveis (40.993,14 GJ de hospitais). Em 2022, foi ofertado 85% de energia renovável, 12% não renovável e 3% importação (15% não renovável total), respectivamente, logo estimamos total de 380.919,95 GJ de fontes renováveis (376.165,73 GJ de hospitais) e 67.221,17 GJ de fontes não renováveis (66.382,19 GJ de hospitais). Em 2021, foi ofertado 75% de energia renovável, 22% não renovável e 3% importação (25% não renovável total), logo estimamos total de 516.741,00 GJ de renovável (512.489,48 GJ de hospitais) e 172.247,00 GJ de não renovável (170.829,83 GJ de hospitais).

5 O fator de conversão de energia de GJ para MWh é tal que 1kWh = 0,001 MWh e 1 kWh = 0,0036 GJ;

6 A intensidade de energia dentro da organização foi retificada de 0,82 GJ/pac.dia para 0,294 GJ/pac.dia para 2021; para 2022, de 0,87 GJ/pac.dia para 0,224 GJ/pac.dia, pois foram identificadas duplicidades no racional anterior do denominador, e agora considera somente unidades hospitalares, pois “pac.dia” é um indicador específico para esta tipologia de negócios. [GRI 2-4].

7 Por ser uma métrica cujo denominador é específico para unidades hospitalares próprias, o cálculo de intensidade considera apenas esta tipologia de negócios. Em todo caso, a quantidade de energia de hospitais corresponde a praticamente 100% do valor total. Assim, foi considerado como numerador o consumo total estimado de energia dentro da organização em hospitais em 170.829,83 GJ (não renováveis) e 512.489,48 GJ (renováveis), totalizando 683.319,31 GJ para 2021; e 66.382,19 GJ (não renováveis) e 376.165,73 GJ (renováveis), totalizando 442.547,92 GJ para 2022; e 40.993,14 GJ (não renováveis) e 163.972,56 GJ (renováveis), totalizando 204.965,69 GJ para 2023. Ressaltamos que o consumo nas unidades hospitalares representa, em média, 95% do consumo total reportado no GRI 302-1, por isso optamos por reportar desta maneira. Reconhecemos que o ideal é haver o reporte separado, e consolidado, e vamos avaliar esta possibilidade para os próximos ciclos.

8 Os valores apresentados em 2022 para a Maternidade Star só foram considerados a partir de maio, mês em que a unidade começou a funcionar.

9 Foi considerado, para os M&As, o consumo a partir do mês da aquisição.

Consumo de energia fora da organização

Consumo de combustíveis para transporte upstream de fontes não renováveis (GJ) 1 2023 2022 20212
GJ GJ GJ
Diesel 413,97 (9,7%) 41,37 (6,7%) N.A
Gasolina 2.343,51 (54,9%) 572,68 (93%) N.A
Gás Natural Veicular (GNV) 1.511,35 (35,4%) N.A N.A
Total 4.268,83 614,05 N.A
Intensidade (GJ/pac.dia)⁴ 0,00025 0,00014 N.A

1 Não houve consumo de energia fora da organização em categorias downstream;

2 Houve um aumento no consumo de combustíveis para transporte upstream de fontes não renováveis quando comparado ao ano anterior. Atribui-se este aumento à maior assertividade dos dados obtidos com as empresas terceiras quanto a este indicador.

3 Os dados de 2021 não eram reportados; seu reporte passou a ser realizado a partir de 2022. Os dados foram retificados...

4 Dados foram retificados de 0,19 GJ/pac.dia para 0,00014 GJ/pac.dia, pois foram identificadas duplicidades no racional do denominador, e agora considera somente unidades hospitalares, pois “pac.dia” é um indicador específico para esta tipologia de negócios. [GRI 2-4]

4 Por ser uma métrica cujo denominador é específico para unidades hospitalares próprias, o cálculo de intensidade considera apenas esta tipologia de negócios. Assim, foi considerado como numerador o consumo total de energia fora da organização em hospitais em 371,68 GJ para 2022; e 676,78 GJ para 2023.

Consumo de combustíveis para transporte upstream de fontes renováveis (GJ)¹ 2023 2022
GJ GJ
Etanol 1.507,36 (110%) 1,79 (100%)

1 A intensidade de energia não se aplica para este indicador uma vez que o consumo não foi realizado em uma unidade hospitalar.

Intensidade energética

Unidade de medida 2023 2022 2021
GJ/pac.dia GJ/pac.dia¹ GJ/pac.dia¹
Intensidade energética dentro da organização1,2 0,136 (aprox.100%) 0,224 (aprox.100%) 0,294 (100%)
Intensidade energética fora da organização1,2 0,00025 (aprox.0%) 0,00014 (aprox.0%) N.A
Intensidade energética consolidada2 0,136 0,224 0,294

1 A intensidade de energia dentro da organização foi retificada de 0,82 GJ/pac.dia para 0,294 GJ/pac.dia para 2021; para 2022, de 0,87 GJ/pac.dia para 0,224 GJ/pac.dia, Ver mais detalhes na nota explicativa 6 do GRI 302-1. A intensidade fora da organização foi retificada em 2022, de 0,19 GJ/pac.dia para 0,00014 GJ/pac.dia. Ver mais detalhes na nota explicativa 3 do GRI 302-2 [GRI 2-4]. É possível notar que, até então, a energia fora da organização não é representativa em comparação à dentro da organização;

2 Por ser uma métrica cujo denominador é específico para unidades hospitalares próprias, o cálculo de intensidade considera apenas esta tipologia de negócios. De qualquer maneira, a quantidade de energia de hospitais corresponde a praticamente 100% do valor total. Ver mais detalhes na nota explicativa 2 do GRI 302-1 e na nota explicativa 4 do GRI 302-2.

Em 2023, alcançamos a marca de mais de 90% do nosso consumo proveniente de fontes renováveis a partir do Mercado Livre de Energia (MLE). Essa meta integra o Planejamento Estratégico ESG da Rede, que norteará as nossas ações até 2030. A iniciativa de migração do consumo de eletricidade do mercado cativo para o livre teve início em 2019, com os hospitais São Lucas (SE) e UDI (MA), e se estendeu ao longo de 2020 e 2021 com os hospitais Perinatal Barra e Laranjeiras (RJ), Santa Cruz (PR), Aliança (BA), São Carlos (CE), Balbino (RJ), Biocor (MG), Nossa Senhora das Neves (PB) e Novo Atibaia (SP).

Em 2023, demos sequência ao plano de migração de mais 27 unidades consumidoras, num total de 13 MW médios de energia incentivada contratada (eólica, solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas). Possuímos atualmente 71 unidades consumidoras no Mercado Livre de Energia (alocadas em 66 hospitais e centros médicos), o equivalente a 35 MWm, e temos a meta de alcançar 74 unidades consumidoras até 2025.

As unidades que consomem energia incentivada são reconhecidas com o Certificado Internacional de Energia Renovável (I-RECs), e possuem relatórios de consumo de energia incentivada, aplicado internacionalmente para rastrear atributos ambientais e comprovar que a energia elétrica consumida pela empresa é proveniente de fonte 100% limpa.

Os dados de consumo de energia provenientes de Mercado Livre de Energia podem ser verificados no “GRI 302-1 – consumo de energia renovável”. Possuímos uma meta sobre MLE no tema material “Energia”, que pode ser vista no capítulo “Metas ESG”.

Promovemos o consumo consciente e eficiente de energia por meio do Programa de Eficiência Energética, que abrange ações em energia elétrica, água e gás combustível. Dentre os projetos existentes no programa, destacamos o Projeto de Eficiência Energética em Centrais de Água Gelada (CAGs), cujo principal foco é garantir a eficiência deste sistema, otimizando a infraestrutura, operação e monitoramento de trabalho, contando também com algoritmos de inteligência artificial e machine learning, buscando a melhor performance do equipamento para redução do consumo de energia.

Contamos atualmente com 23 projetos de Eficiência Energética na CAG em operação, sendo 20 contratos vigentes, cinco em implementação e três em contratação, além de outros 32 mapeados como possíveis de serem aplicados. Cada um desses projetos passa por uma criteriosa análise de viabilidade econômico-financeira e técnica por parte da equipe corporativa de engenharia e manutenção da Companhia antes de ser efetivamente implementado.

Em 2023, nos 15 projetos em operação nas CAGs, foi registrada uma redução no consumo de energia elétrica de 16,9% (5.257,40 MWh), em relação ao mesmo período do ano anterior. Este resultado pode ser visto na meta do tema material "Energia", no tópico "Metas ESG". A redução equivale a 394,3 toneladas de CO2 evitadas e representa uma economia líquida de R$ 1.625.172,07 [GRI 3-3, 302-4].

O Hospital São Luiz Itaim (SP), por exemplo, contratou em 2023 um robusto programa de eficiência energética. Um especialista, apoiado por uma equipe remota de engenheiros e um complexo sistema de automação, roda um programa voltado para melhorar o desempenho e a eficiência elétrica dos chillers. Considerando as condições climáticas, ajustes finos são feitos constantemente em todos os parâmetros dos equipamentos, permitindo que operem com maior eficiência e com o menor consumo de energia possível. Isso, aliado às fachadas eficientes, reduz custo mensal com energia, mantém o conforto hidrotérmico do prédio, proporciona segurança aos pacientes e garante iluminação adequada durante os procedimentos clínicos e cirúrgicos e no uso geral do prédio pelos pacientes e equipe técnica.

Redução no consumo energético de

16.9%

nas CAGS, em 2023

Economia líquida de

1,6

Milhão

A otimização do sistema de recuperador de calor visa a redução do consumo de gás natural, aproveitando o calor rejeitado pelo chiller, que geralmente é direcionado para fora da edificação, para pré-aquecer a água, armazenando em tanques de termoacumulação, para posterior utilização pela unidade. Esse sistema está operacional na unidade São Caetano – SP, tendo possibilidade de ativação em outras unidades da Rede D’Or que possuem o sistema, as quais estão em análise.

Para as demais unidades que não dispõem da função do recuperador de calor, está em análise a utilização da bomba de calor, tecnologia que pode suprir boa parte do consumo de gás combustível das unidades, e que segue em desenvolvimento de um piloto e demais estudos na unidade Criança – SP.

Todo o procedimento relacionado ao gerenciamento de água e efluentes está pautado em dois normativos internos que estão disponíveis para todas as unidades de negócio da Rede D’Or e utilizam como referência diversos normativos legais de âmbito federal e estadual, como a Portaria GM 888/2021, do Ministério da Saúde, e a Resolução 430/2011, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a fim de garantir que o gerenciamento destes recursos atenda aos padrões preconizados pelos órgãos competentes [GRI 303-2].

Essencial para a realização das nossas atividades, a água utilizada em nossas unidades de saúde é adquirida de três possíveis formas: concessionária, poço artesiano e/ou caminhão-pipa. Para todas as três, são realizadas análises periódicas de qualidade, através da contratação de laboratório independente, para verificação de seus parâmetros físico-químicos e microbiológicos de potabilidade (cor, turbidez, condutividade, pH, sólidos totais dissolvidos, amônia, alcalinidade, dureza, coliformes totais, Escherichia coli etc.) [GRI 303-4]. Os pontos de coleta de análise são definidos por amostragem, realizada pelo setor de Manutenção e pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da unidade, em consonância, de modo que cada ponto possa estrategicamente representar aquele local como um todo, com atenção especial para áreas definidas como críticas. Dessa forma, é possível garantirmos a qualidade da água que abastece nossas unidades [GRI 3-3, 303-2].

Dentro da atividade hospitalar, temos dois potenciais agentes de impacto local nos corpos hídricos: os laboratórios de análises clínicas e de anatomia patológica. Isso se dá devido ao uso de reagentes químicos e outras substâncias comumente usadas para o aumento do contraste e otimização da análise bacteriana, como por exemplos corantes, caso estes entrem em contato com corpos d'água. A fim de evitar estes possíveis impactos, preservando assim o ecossistema local e a segurança ocupacional dos colaboradores, todos os insumos utilizados nestas atividades possuem fichas de dados de segurança (FDS) que possuem orientações quanto ao correto descarte destes materiais. Os equipamentos usados nesses locais são conectados a contentores devidamente acondicionados e identificados, garantindo que não haja extravasamento de seu conteúdo para a rede de esgoto, sendo destinados posteriormente para tratamento e disposição final a empresas que atendam a todos os requisitos ambientais e legais [GRI 3-3].

Após o uso, a água passa por tratamento em Estações de Tratamento de Esgoto, no caso de unidades que estão inseridas em locais onde a concessionária de água e esgoto não possua sistema de captação de efluentes, em busca de alcançar todos os parâmetros estruturados na Resolução 430/2011 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de acordo com a classificação do corpo hídrico no qual o efluente será posteriormente descartado, além de legislações locais [GRI 303-2].

Realizamos periodicamente auditorias ambientais em todas as unidades hospitalares para mapear e identificar os aspectos e possíveis impactos ambientais e estabelecer planos de ação mediante desvios e não conformidades. São realizadas auditorias externas em fornecedores de serviços considerados críticos, como prestadores de serviços que participam do ciclo de gerenciamento de resíduos, seja como coleta, transporte, tratamento e/ou disposição final e lavanderias, para mapear e identificar os aspectos e possíveis impactos ambientais incluindo temas referentes ao consumo de água e descarte de efluentes, e estabelecer planos de ação mediante desvios e não conformidades. As auditorias nestes fornecedores são realizadas em duas etapas, que envolvem o levantamento de documentações pertinentes para possível avaliação de conformidade legal e a visita in loco para verificação da estrutura e de procedimentos operacionais na prática [GRI 2-25, 3-3].

Para a avaliação de captação de água em áreas de estresse hídrico não contamos com metodologia específica, visto que a Companhia estuda a possibilidade de iniciar pesquisas sobre o tema [GRI 303-3].

Captação, consumo e descarte de água

Água captada, consumida e descartada por fonte1 2023 2022 20215,6
Unidade de medida ML ML ML Comparação ao reporte anterior7
Água captada [GRI 303-3] 2,3,4 Água de terceiros (água doce) Concessionária 1.930.989
(60%)
1.930,99 1.750.698
(77%)
1.750,70 1.676.447
(73%)
1.676,45
Caminhão-pipa 989.489
(30%)
989,49   314.089
(14%)
 314,09 209.838
(9%)
209,84  
Água de terceiros (água doce) Poço artesiano 308.660
(10%)
308,66   214.316
(9%)
 214,32 409.956
(18%)
409,96  
Captação total de água 3.229.138 3.229,35 2.279.102 2.279,10 2.296.240 2.296,24
Total de água descartada [GRI 303-4]2 Água de terceiros (água doce) Concessionária 1.544.957 1.544,79 1.400.558 1.400,56 1.341.157 1.341,16
Caminhão-pipa 791.591 791,59 251.271 251,27 167.870 167,87
Água de terceiros (água doce) Poço artesiano 246.928 246,93 171.453 171,45 327.964 327,96
Descarte total de água 2.583.310 2.583,31 1.823.282 1.823,28 1.836.992 1.836,99
Consumo total de água [GRI 303-5]3 645,828 645,83 455,820 455,82 459,248 429,25
Intensidade de consumo(m³/pac.dia)8 0,237 0,165 0,192 Aumentou

1 Ajustamos nosso reporte conforme protocolos GRI 303-3, 303-4 e 303-5, sem alterar os dados reportados anteriormente. Para fins de benchmarking, comparação com pares e avaliação de desempenho, também reportamos a intensidade por paciente/dia (GRI 2-4). Ainda não é possível mensurar a captação e descarte de água em áreas com estresse hídrico, se houver. Também não é possível discriminar pelas categorias de água doce (sólidos dissolvidos totais ≤ 1.000 mg/L) e/ou outros tipos de água (sólidos dissolvidos totais > 1.000 mg/L). Em 2023, para estes indicadores, estão sendo consideradas as unidades hospitalares (com exceção das unidades Badim, Cinco de Outubro e Yutaka Takeda), as unidades oncológicas, as unidades Richet, duas unidades do IDOR e três unidades corporativas;

2 Como não é possível realizar a medição de água descartada com precisão, adotamos como premissa a referência técnica de estimativa “coeficiente de retorno (c)” da ABNT NBR 9649:1986, que define “C = 0,8”, em que C é a “relação média entre os volumes de esgoto produzido e de água efetivamente consumida”. Portanto, consideramos que 80% da água captada se converteu em efluentes descartados. Ou seja, “água descartada = 0,8 x água captada”;

3 Não é possível realizar medição do consumo de água, portanto utilizamos o racional de orientação do GRI 303-5, em que “consumo de água = captação total de água – descarte total de água”. Reportamos desta maneira pela primeira vez (GRI 2-4).

4 Para reporte junto à ANAHP, adotamos como consumo de água o que é captado para que nosso reporte esteja alinhado aos indicadores desta entidade, os quais são os dados que constituem a publicação no “Observatório Anual”.

5 Os dados de 2021 não contemplam os meses de janeiro a junho do Hospital Guaianases.

6 Nos dados de 2021, em relação ao Hospital São Lucas RJ, contempla-se somente o mês de agosto.

7 Em relação ao desempenho, houve aumento na captação de água devido a uma expansão do número de leitos e de unidades, o que levou a um aumento na intensidade de consumo, quando comparado ao ano anterior.

8 Por ser uma métrica cujo denominador é específico para unidades hospitalares próprias, o cálculo de intensidade considera apenas esta tipologia de negócios. Em todo caso, a quantidade de água captada por hospitais corresponde, em média, a 98% do volume. Assim, foi considerado como numerador o consumo total de água em hospitais em 454.145,18 m³ para 2021; e 439.686,52m³ para 2022; e 642.852,10 m³ para 2023.

9 Não houve mudança no armazenamento de água no ano de 2023.

O tema material água é considerado estratégico, segundo nosso Planejamento Estratégico ESG. O Projeto de Eficiência Hídrica tem como objetivo reduzir os custos com abastecimento e o consumo de água, com ações de otimização da operação e monitoramento remoto. A utilização de equipamentos mais novos e eficientes traz o benefício desta economia, assim como testes periódicos nas cisternas, tubulações, caça vazamentos e até mesmo ajustes nos próprios equipamentos já instalados e orientação de processos (quando possível), o que tem grande impacto no consumo. Iniciado em 2021 em quatro unidades hospitalares, o programa já era executado em 15 unidades ao final de 2023 e a previsão é de novas unidades participantes no próximo ciclo.

O programa conta também com o sistema de monitoramento remoto TDRR, com inteligência artificial e identificação do perfil de cada unidade, que possibilita acompanhar o consumo de água em tempo real, por meio de análise do comportamento da edificação e antecipação de possíveis aumentos de consumo, otimizando, assim, a performance do empreendimento. A metodologia avalia os níveis de consumo dos reservatórios, o consumo por horário (noturno, diário, mensal), a existência de vazamentos contínuos, a segurança operacional, monitora o acionamento e falhas de bombas, a redução do consumo e oferece um sistema de alarmes via aplicativo, SMS, e-mail e WhatsApp.

As unidades complementam o programa com iniciativas próprias, como a instalação de sistemas de caixas de retardo, captação de águas pluviais para reuso, instalação de torneiras com acionamento automático e água reaproveitada dos aparelhos de ar-condicionado.

Adicionalmente, incentivamos a redução do consumo de água na residência dos nossos colaboradores e associados, por meio de campanhas de uso consciente em nossas unidades. No Dia Mundial da Água, o Hospital São Luiz São Caetano, por exemplo, disponibilizou cartazes orientativos com dicas importantes para reduzir o consumo de água nas residências.

Em 2023 tivemos a entrada de 9 unidades, consolidando um total de 15 unidades integrantes no projeto, resultando na redução de 17% no consumo de água em 2023, o equivalente a 111.334,84 m3. Isso representou uma economia líquida de R$3.910.935,73. Este percentual alcançado faz parte da meta monitorada no tema material “Água e Efluentes”, apresentada no capítulo “Metas ESG”. Temos a previsão da inclusão de pelo menos mais 06 unidades participantes no próximo ciclo.

Ainda que a intensidade de consumo tenha aumentado (GRI 303) entre 2023 e 2022, o efeito do Projeto de Eficiência Hídrica é importante para evitar um aumento ainda mais acentuado.

Redução de

no consumo de água das unidades participantes do projeto em 2023

Economia líquida de

milhões

As mudanças climáticas causadas pelo aumento das emissões de gases de efeito estufa (GEE) representam um dos maiores desafios globais que enfrentamos atualmente. Elas afetam o meio ambiente, a segurança alimentar, a saúde humana, a economia e a justiça social. A mitigação das emissões de GEE e a adoção de medidas de adaptação são cruciais para reduzir os impactos das mudanças climáticas e promover um futuro sustentável e resiliente.

Nossa Política de Mudanças Climáticas, aprovada no Conselho de Administração, estabelece as principais diretrizes e os compromissos da empresa para a gestão de riscos e o impacto das mudanças climáticas nas unidades e negócios, fornecendo mecanismos de identificação dos impactos, mitigação e adaptação. Buscamos também conscientizar nossos colaboradores e fornecedores sobre a importância do tema, ao mesmo tempo em que agimos como indutores do processo de transição rumo a uma economia de baixo carbono.

Os assuntos relacionados a mudanças climáticas são tratados pela Diretoria Executiva e comitês, com análise contínua dos indicadores relacionados.

Estamos engajados em diversas iniciativas internacionais visando mitigar as mudanças climáticas. Somos signatários do Pacto Global da ONU, membros do GHG Protocol, da Rede Global de Hospitais Verdes e Saudáveis, onde participamos ativamente do GT Clima, respondemos anualmente o questionário do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE, B3), e ao Carbon Disclosure Project (CDP) – Mudança Climática (ENG), com score B em 2022 e 2023, além compormos a carteira do Índice Carbono Eficiente (ICO2) da B3.

Assumimos também o compromisso de reduzir a intensidade de emissões de CO2 até 2030 por meio do movimento Race to Zero. Para reduzir as emissões diretas, por exemplo, iniciamos em 2023 um trabalho junto aos médicos anestesistas para o estabelecimento de protocolo a fim de estabelecer diretrizes gerais para o uso racional do N2O (óxido nitroso).

Para educar e engajar nossos colaboradores na temática, temos um módulo específico sobre o tema na nossa Trilha de Sustentabilidade, que trata dos impactos das mudanças do clima, contextualizando o problema sob a ótica da área da saúde. Também promovemos campanhas, como o evento on-line no Dia Nacional de Conscientização sobre Mudanças Climáticas, com o tema “crise climática no epicentro do debate de gênero, saúde e justiça social”.

Visando enfrentar as mudanças climáticas, mensuramos desde 2016 nossos impactos por meio do reporte anual, contínuo e aprimorado do inventário de emissões de GEE, os gases causadores do efeito estufa. E desde 2020, os dados obtidos são submetidos à auditoria externa e divulgados no Registro Público de Emissões. Pela publicação de nosso relatório de acordo com os padrões internacionais, recebemos o Selo Ouro do Programa Brasileiro do GHG Protocol (PBGHGP) pelo inventário referente aos anos reportados dos ciclos 2021 e 2022. O selo certifica o inventário corporativo pelo alcance do mais alto nível de qualificação no reporte, baseado em conceitos e diretrizes estabelecidos pelo PBGHGP e em conformidade com a ISO 14064-3:2007. O inventário inclui todos os gases internacionalmente reconhecidos como GEE (regulados pelo Protocolo de Quioto) e está em linha às metodologias nacionais e internacionais.

O tema material Mudanças Climáticas é considerado estratégico, segundo nosso Planejamento Estratégico ESG. Uma vez que o TCFD, um dos mais importantes frameworks sobre transparência climática, foi descontinuado pela própria entidade em decorrência da publicação da norma ISSB IFRS S2 (“Climate-Related Disclosure”), estamos trabalhando internamente para estruturar nossas informações sobre gestão climática em conformidade com essa norma. No momento, mantivemos o relato na estrutura do TCFD (ver Anexo TCFD).

A gestão do clima é realizada pela Diretoria de Riscos e Controles Internos, com o suporte da Gerência deSustentabilidade e Meio Ambiente, que periodicamente submete seu reporte à Comissão de Sustentabilidade, responsável por encaminhar os resultados para o Conselho de Administração (CA), órgão máximo responsável por aprovaras políticas, projetos e compromissos relacionados ao clima. As metas e os resultados relacionados ao clima ainda não são considerados na composição da remuneração variável dos colaboradores e executivos.

Foi realizado um estudo completo de riscos e oportunidades baseado em cenários climáticos físicos (PT-BR / ENG) do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas) e de transição do IEA (Agência Internacional de Energia). O estudo de riscos e oportunidades em cenários relacionados ao clima foi dividido em cenários físicos (RPC 2.6 e RPC 2.8) e cenários de transição (NZE 2050 e STEPS). Essa é uma etapa preliminar no desenvolvimento da nossa matriz de riscos climáticos, o que fornece à empresa subsídios para se antecipar com a resposta ao custo do risco e oportunidades de investimentos e, consequentemente, avaliar o nível de criticidade identificado na matriz de risco.

Utilizamos o estudo de cenários e matrizes de risco climático, política de gestão de risco, política de mudanças climáticas e o inventário de emissões de GEE como base de nossa estratégia climática.

1 O detalhamento sobre governança; estratégia; gestão de riscos e oportunidades; e métricas e métricas climáticas foi reportado no Anexo TCFD.

2 [SASB HC-DY-450a.1] Mapeamos riscos climáticos físicos associados aos impactos à saúde. Foram identificados riscos/oportunidades associados aos fatores climáticos analisados. Como resultado, foram mapeados riscos de favorecimento de vetores e zoonoses para todo Brasil (exemplo: malária, dengue e outros), bem como relativos a doenças respiratórias, cardiovasculares e renais. Tais riscos podem ocasionar impactos em indicadores de que podem influenciar nossas perspectivas de negócios, tais como as taxas de morbidade e mortalidade. Estes riscos foram avaliados como potenciais, portanto, ainda não foi realizada avaliação quantitativa de maneira que possamos associar se tais riscos e oportunidades já impactam atualmente nossos negócios. Em relação a preparação e resposta a emergências associadas a riscos climáticos, já possuímos ações operacionais que podem abordar emergências climáticas, tais como, mas não limitados a: seguros; acreditações internacionais JCI; planos de emergência e evacuação, com simulados; dentre outros. O detalhamento foi reportado no capítulo "Estratégia", item (a) do Relato TCFD 'Quadro 1'.

A avaliação de riscos climáticos está integrada ao processo de avaliação de riscos da Companhia e de suas controladas, e está descrito na nossa. A modelagem da gestão de riscos climáticos é um processo específico de gestão de riscos de mudanças climáticas, ou seja, um processo documentado que considera os riscos e oportunidades das mudanças climáticas separados de outros riscos e oportunidades de negócios. Contudo, por ser uma temática já considerada como risco corporativo, bem como um tema material de sustentabilidade, é resultante do desdobramento de um processo já estruturado integrado a processos multidisciplinares de gerenciamento de riscos em toda a empresa em que os riscos e oportunidades das mudanças climáticas são integrados ao programa centralizado de gerenciamento dos nossos riscos corporativos.

Para os cenários físicos, foram analisados os riscos e oportunidades considerando os fatores climáticos aumento de temperatura/ ondas de calor, precipitação e aumento do nível do mar sob as variáveis de impacto econômico, infraestrutura e impacto à saúde [SASB HC-DY-450a.1]. Já para os cenários de transição, foram considerados os fatores climáticos demanda de energia, consumo de combustíveis fósseis e uso de óxido nitroso nas anestesias sob as variáveis de impacto econômico, imagem e político/legal.

Como resultado da avaliação nos cenários físicos, a variável de impacto infraestrutura associada aos fatores ambientais precipitação e aumento do nível do mar obteve o impacto financeiro mais significativo estimado, considerando os danos estruturais por inundações. A gestão do risco físico de danos estruturais decorrentes de inundações considerada a manutenção de seguros. O custo envolvido no gerenciamento do risco físico é a manutenção dos seguros. [SASB HC-DY-450a.1]

Como resultado da avaliação nos cenários de transição, identificamos o uso de óxido nitroso como um risco de alto impacto financeiro no cenário de transição (NZE 2050 e STEPS), tendo a legislação como uma de suas variáveis de impacto. A oportunidade relacionada à energia foi verificada para os cenários físicos (RCP 2.5 e RCP 8.5) e para os cenários de transição (NZE 2050 e STEPS), destacando sua importância para a empresa. Para gestão desse risco de transição do uso de óxido nitroso, no momento estamos racionalizando metas de redução individualizadas que monitoraremos continuamente. Para atuação imediata no curto prazo a fim de reduzir o consumo desse insumo, identificamos com a Câmara de Anestesiologistas apenas o controle de seu consumo a níveis quase nulos, tendo como oportunidade a possibilidade de consumo quase nulo desse produto químico para cirurgias. Para executar tal iniciativa, devemos agir visando mudar o comportamento dos clientes (médicos), uma ação que não deverá envolver custos.

Identificamos duas oportunidades de energia: economia com projetos de eficiência energética e economia na conta de luz com a adesão ao mercado livre de energia. Em relação a custos das medidas tomadas sobre essas oportunidades, há custos de manutenção dos projetos de eficiência, enquanto para o Mercado Livre entendemos ser custos operacionais inerentes aos contratos entre a fonte consumidora e a fornecedora. Ambas as oportunidades podem ser verificadas no Capítulo “Energia”.

Detalhamos as possíveis implicações financeiras estimadas de riscos e oportunidades no CDP 2023 – Mudança Climática.

O detalhamento sobre a gestão de riscos quanto à identificação, avaliação, priorização e seu gerenciamento foi reportado no Anexo TCFD (seção “Gestão de Riscos” itens ‘a’, b’ e ‘c’). Mais detalhes sobre a gestão de riscos e oportunidades climáticos e sua integração com a gestão de riscos corporativos pode ser obtida no nosso site oficial e no canal de Relações com Investidores.

1 O detalhamento sobre governança; estratégia; gestão de riscos e oportunidades; e métricas e métricas climáticas foi reportado no Anexo TCFD.

2 [SASB HC-DY-450a.1] Mapeamos riscos climáticos físicos associados aos impactos à saúde. Foram identificados riscos/oportunidades associados aos fatores climáticos analisados. Como resultado, foram mapeados riscos de favorecimento de vetores e zoonoses para todo Brasil (exemplo: malária, dengue e outros), bem como relativos a doenças respiratórias, cardiovasculares e renais. Tais riscos podem ocasionar impactos em indicadores de que podem influenciar nossas perspectivas de negócios, tais como as taxas de morbidade e mortalidade. Estes riscos foram avaliados como potenciais, portanto, ainda não foi realizada avaliação quantitativa de maneira que possamos associar se tais riscos e oportunidades já impactam atualmente nossos negócios. Em relação a preparação e resposta a emergências associadas a riscos climáticos, já possuímos ações operacionais que podem abordar emergências climáticas, tais como, mas não limitados a: seguros; acreditações internacionais JCI; planos de emergência e evacuação, com simulados; dentre outros. O detalhamento foi reportado no capítulo "Estratégia", item (a) do Relato TCFD 'Quadro 1'.

A gestão climática só é possível por meio de métricas. Essas são segregadas em metas intersetoriais, que abrangem métricas e indicadores comuns monitorados por todos os setores da economia (principalmente as utilizadas para reporte de emissões GEE); e métricas setoriais, as quais são específicas para nossa tipologia de negócios (por exemplo, a métrica pac.dia)

a O detalhamento sobre governança; estratégia; gestão de riscos e oportunidades; e métricas climáticas foi reportado no Anexo TCFD.

Pela publicação de nosso relatório, de acordo com os padrões internacionais, recebemos o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol pelo inventário referente aos anos de 2021 e 2022. O selo certifica o inventário corporativo pelo alcance do mais alto nível de qualificação no reporte, baseado em conceitos e diretrizes estabelecidos pelo PBGHGP e em conformidade com a ISO 14064-3:2007. O inventário inclui todos os gases internacionalmente reconhecidos como GEE (regulados pelo Protocolo de Quioto) e está em linha às metodologias nacionais e internacionais.

Com os hospitais, os laboratórios, algumas clínicas oncológicas e corporativos inventariados e assegurados, nossos desafios atualmente são a precificação interna de carbono e monitoramento do escopo 3 de emissões, que envolve a cadeia de fornecedores.

O Conselho de Administração e a Diretoria Executiva utilizam os dados do inventário de emissões como ferramenta de controle e supervisão e como referência para avaliar as atividades de emissão e quais iniciativas de redução são eficazes. Além de serem usados para revisar, aprovar e definir metas.

Emissões GEE1,2,3 2023 2022 2021 2020
Escopo 1 (tCO₂e)  67.385 (62%) 64.785 (58%) 108.388 (62%) 70.123 (69%) Comparação ao reporte anterior8
Intensidade (Escopo 1/pac.dia)5  0,025 0,024 0,046  0,040 Aumentou
Escopo 2 (tCO₂e) 4 Localização - 12.450 Escolha de compra - 9.252 (9%) 12.537 (11%) 35.612 (20%) 16.253 (16%) Comparação ao reporte anterior8
Intensidade (Escopo 2/pac.dia) 5 Localização - 0,005 Escolha de compra - 0,003 0,005 0,015 0,009 Reduziu
Escopo 3 (tCO₂e) 6 31.259 (29%) 33.448 (30%) 30.272 (17%) 15.389 (15%) Comparação ao reporte anterior8
Intensidade (Escopo 3/pac.dia) 5  0,012 0,013 0,013 0,009 Reduziu
Total de emissões (tCO₂e) 107.896⁴ 110.770 174.272 101.765 Comparação ao reporte anterior8
Intensidade total de carbono (tCO₂e/pac.dia) 5  0,040 0,042 0,073 0,057 Reduziu

1 Utilizamos a ferramenta do Programa Brasileiro GHG Protocol, da Fundação Getulio Vargas (FGV), a qual é responsável pela adaptação do método GHG Protocol ao contexto brasileiro e desenvolvimento de ferramentas de cálculo para estimativas de emissões de gases do efeito estufa (GEE). As ferramentas de cálculo disponibilizadas possuem como inputs as fontes de emissões identificadas, por Escopo e categoria conforme métrica estabelecida, bem como os fatores de conversão e de fatores de emissões. Destacamos que também utilizamos uma ferramenta de conversão disponibilizada pela Projeto Hospitais Sustentáveis (PHS), junto ao Desafio pelo Clima, para o cálculo adequado de “resíduos incinerados”;

2 Os dados reportados de 2023 contemplam 133 unidades no total: Hospitais 67, oncologias 26, laboratórios de análises clínicas12, escritório corporativo (05) e unidades SulAmérica, entre corporativos (18) e unidades de saúde (05). Os dados reportados de 2022 contemplam 103 unidades no total: Hospitais (67) (Exceto Badim e Santa Isabel), oncologias (23), laboratórios de análises clínicas (12) e escritório corporativo (1). Os dados reportados de 2021 contemplam unidades 78 unidades no total, sendo XX hospitais, XX clínicas oncológicas e XX laboratórios.

3 Os dados obtidos podem contemplar os seguintes gases: CO2, CH4, N2O, HFCS (ver GRI 305-7), mas não consideram emissões de gases não regulados pelo Protocolo de Quioto por ser insignificante no resultado;

4 A Rede D'Or, no ano de 2023, fez a aquisição de I-RECs para obter os atributos ambientais necessários para a eletricidade adquirida de algumas de suas unidades ser considerada limpa, zerando as emissões dessas unidades, que, em conjunto, equivalem a um consumo de 82.990 MWh das unidades certificadas. Seguindo a abordagem de localização, a emissão seria 12.450,086 tCO2e (referente ao consumo total de 323.298,53 MWh de eletricidade de unidades inventariadas). Desta maneira, considerando escolha de compra, o valor consolidado das emissões da Rede D'Or considerado é de 107.896 tCO2e = Escopo 1 + Escopo 2 (escolha de compra) + Escopo 3

5 GRI 305-4: O cálculo da intensidade contempla apenas as unidades hospitalares por ser uma métrica setorial específica para a tipologia de negócios. Para o cálculo, em 2020, foram considerados 48 hospitais; em 2021, foram considerados 61 hospitais; em 2022, foram considerados 67 hospitais (não foram contempladas as unidades Badim e Santa Isabel); em 2023, foram considerados 67 hospitais.

6 Para o Escopo 3, foram reportadas as categorias upstream “4. Transporte e distribuição upstream”, “5. Resíduos gerados nas operações” e “6.Viagens de negócios”. Para categoria 4, foram contabilizadas 148,05 tCO2e em 2021,196,72 em 2022 e 341,55 em 2023; Para a categoria 5, foram contabilizadas 30.123,58 tCO2e em 2021, 32.175,21 em 2022 e 28.607,02 em 2023. Para a categoria 6, foram contabilizadas 1.075,98  tCO2e em 2022, 2.310,56 em 2023. Esta última categoria somente começou a ser contabilizada a partir de 2022.

7 Por transparência em relação ao nosso desempenho das metas de mitigação, seguimos com o reporte dos dados de 2020. No entanto, para os cálculos de emissões do ano base de 2020, utilizamos o GWP AR4, e as metas foram estabelecidas com base nesta métrica. Atualizamos nosso reporte para AR5 para todas as emissões do ano base, portanto houve a retificação dos dados de Escopo 1 de 77.011 tCO2e para 70.123 tCO2e, e Escopo 3 de 13.883 tCO2e para 15.380 tCO2e. Deste modo, as emissões absolutas totais foram alteradas de 107.146 tCO2e para 101.756 tCO2e (GRI 2-4). A avaliação de progresso destas metas pode ser vista no capítulo “Metas ESG”. No entanto, os valores que constam no Registro Público de Emissões para o ano de 2020 são 61.259,86 tCO2e para o escopo 1; 12.337,28 tCO2e para o escopo 2; 9.415,40 tCO2e para o escopo 3.

8 Houve um aumento no total de emissões do escopo 1, o que se justifica pelo crescimento no número de unidades inventariadas e pela maturidade das unidades quanto ao reporte das informações em nosso controle de indicadores. Nos escopos 2 e 3 não houve aumento no total de emissões.

9 Total de emissões biogênicas do escopo 1: 268,46 tCO2e

10 Total de emissões biogênicas do escopo 3: 2.775,124 tCO2e

Escopo 1:

Em 2023, a Rede D’Or ampliou sua cobertura de unidades inventariadas, tendo sido quantificadas 133 unidades, considerando hospitais, oncologias, laboratórios e estabelecimentos corporativos. Este aumento substancial de unidades, se compararmos a 2022, somado ao amadurecimento das unidades no que tange o controle de seus indicadores ambientais, acarretou um aumento das emissões de CO2 de escopo 1.

Ainda, por mais que em 2023 tenhamos tido uma grande redução de emissões atreladas ao uso do óxido nitroso (Escopo 1 – Categoria Emissões fugitivas - N2O), portador de um elevado potencial de aquecimento global (GWP – Global Warming Potential), seus substitutos (visto que ambos são utilizados para fins anestésicos) foram amplamente utilizados. Importante ressaltar que, conforme exposto anteriormente, firmamos um compromisso de desenvolver procedimentos e estratégias para mitigação destes ofensores.

Por fim, mesmo com o aumento das emissões atreladas a este escopo, houve uma redução de, aproximadamente, 2% no seu montante se compararmos com o ano anterior.


Escopo 2:

Pelo segundo ano consecutivo, mesmo com o aumento de unidades quantificadas, observamos uma redução nas emissões referentes ao escopo 2 em decorrência de dois importantes fatores: à continuidade de nosso compromisso com o programa de eficiência energética nas CAGs e à redução da média do fator de emissão de energia elétrica em 2023 na metodologia de cálculo utilizada pelo Programa Brasileiro GHG Protocol.

Em 2022, a média anual de FE do SIN era de 0,0426 tCO2/MWh, passando para 0,0385 tCO2/MWh em 2023.


Escopo 3:

Para o escopo 3, houve uma redução em consideração ao ano anterior, que pode ser justificada pela queda na geração de resíduos químicos (grupo B) e infectantes (grupos A e E). Ainda que os resíduos dos grupos A e E sejam, majoritariamente, autoclavados, algumas regiões do país contam somente com a incineração como tecnologia de tratamento para estes resíduos. Em contrapartida, os resíduos do grupo B necessitam ser, obrigatoriamente, incinerados. Deste modo, com a redução na geração destes grupos, houve a redução no número de emissões deste escopo.

Para mais, houve uma atualização na ferramenta desenvolvida pelo Programa Brasileiro GHG Protocol (Fundação Getúlio Vargas – FGV) e para o ano base de 2023 foi disponibilizada uma nova planilha, que considera a incineração na gama de tratamentos de resíduos, o que não era contemplado na versão dos anos anteriores, além de novos fatores de emissão. Para os anos anteriores, as nossas emissões competentes à incineração dos resíduos eram calculadas através de uma planilha de apoio desenvolvida e publicada pelo Projeto Hospitais Saudáveis (PHS).

Emissões GEE escopos 1, 2 e 3

(tCO2e)

As substâncias consideradas nesse indicador são: Halon, Tetracloreto de Carbono (CTC), Hidroclorofluorcarbono (HCFC), Clorofluorcarbono (CFC) e Brometo de Metila, que são substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal. Foi mapeado uso do gás HCFC-22 (R22), gás refrigerante empregado em aparelhos de ar-condicionado.

Segundo a versão da ferramenta de cálculo do GHG Protocol da FGV, uma tonelada de CFC-11 é equivalente a cerca de 4.660,00 toneladas de CO2 equivalente. Como a ferramenta do GHG permite calcularmos em toneladas de CO2 equivalente e para o HCFC-22 tivemos o total de 5.782,2 tCO2e, concluímos que isso corresponde a cerca de 1,240815451 toneladas de CFC-11 equivalente.

Entre as nossas emissões mensuradas e calculadas por meio da ferramenta do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG), no ano base de 2022, tivemos a emissão de N2O (óxido nitroso) que é um dos óxidos de nitrogênio (NOx). Nesse ciclo, contabilizamos o total 153,04 toneladas métricas de N2O, nos escopos 1 e 3 (emissões diretas e indiretas, respectivamente). Em nossa atividade, grande parte deste gás é utilizada em forma de gás anestésico geralmente administrado em procedimentos cirúrgicos nas unidades hospitalares. Não foram calculadas outras emissões significativas das categorias solicitadas pelo indicador (emissões de SOx, poluentes orgânicos persistentes (POP), compostos orgânicos voláteis (COV), poluentes atmosféricos perigosos (HAP) e material particulado (MP)).

Nossas metas relacionadas ao clima e de emissões podem ser verificadas no capítulo ”Metas ESG”, sob os temas materiais "Energia”, “Resíduos” e “Mudança Climática”.

Em quatro de junho de 2023, a Companhia, em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, realizou uma ação em prol do enriquecimento da Mata Atlântica através do plantio de 30 mudas de árvores nativas no Monumento Natural dos Morros do Pão de Açúcar e da Urca. A ação foi realizada em parceria com o projeto “Pão de Açúcar Verde”. Outra ação em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, foi o treinamento lúdico das unidades Coração do Brasil e DF Star. Na ocasião, os colaboradores tiveram a oportunidade de entender a importância de manter o meio ambiente equilibrado. Ainda foi realizado um webinar, por meio de uma roda de conversa, abordando diversos temas materiais. Foram convidados os colaboradores e especialistas dos assuntos, que eram convidados externos.

Gerenciamento de resíduos

GRI 3-3, 306-1, 306-2

Nossas atividades geram resíduos perigosos (biológicos, perfurocortantes e químicos) e não perigosos (orgânicos e inorgânicos), que são corretamente destinados de acordo com sua natureza. Dos resíduos não perigosos, são encaminhados para os aterros sanitários apenas aqueles resíduos que não são técnica ou economicamente viáveis de passar por processo de reciclagem ou outras destinações. Já os perigosos são encaminhados para empresas especializadas, sendo os químicos encaminhados para incineração e os biológicos e perfurocorantes, para autoclavagem.

Os insumos descartáveis são segregados na fonte pelas equipes de higiene das unidades, pesados e acondicionados segundo as diretrizes da RDC 222/2018, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e coletados e tratados por empresas terceirizadas, de acordo com os tratamentos cabíveis, conforme citado. Essas passam por um processo de homologação, em que são avaliados documentos de caráter técnico e legal, e auditadas suas instalações e processos antes de sua contratação. Para garantir que todas as normas continuem sendo cumpridas, após a contratação são realizadas auditorias pontuais periódicas em tais fornecedores [GRI 2-25].

O acompanhamento do perfil de geração de resíduos de cada unidade é realizado através do sistema Resource Advisor, da Schneider Electric, o qual recebe informações sobre pesagem, destinação, custo com o gerenciamento e documentos de rastreabilidade dos resíduos.

Resíduos gerados por composição (t) | GRI 306-3, SASB HC-DY-150a.1

Classificação Composição

20237, 10

20226

20215

Grupo A¹

RSS - Infectante

8268,02 (21,9%)

8.985,32 (22,7%)

11.944,01 (29,5%)

Grupo B¹ RSS - Químicos 523,16 (1,4%) 962,87 (2,4%) 1.126,78 (2,8%)
Grupo D¹ RSS - Comuns (rejeitos) 24.832,71 (65,8%) 25.610,25 (64,8%) 23.891,69 (59,1%)
Grupo E¹ RSS - Perfurocortantes 527,36 (1,4%) 759,15 (1,9%) 768,36 (1,9%)
Recicláveis perigosos

Lâmpadas4

6,45 (~0,0%) 3,77(~0,0%) 2,80 (~0,0%)
Pilhas e baterias 4,38 (~0,0%) 2,68 (~0,0%) 2,75 (~0,0%)

Eletroeletrônicos8

100,29 (0,3%) 85,96 (0,2%) 134,77 (0,3%)

Recicláveis não perigosos

Papel, metal, plástico, vidro, entre outros

2.984,44 (7,9%) 2.637,63 (6,7%) 2.215,26 (5,5%)
Orgânicos 478,08 (1,3%) 467,33 (1,2%) 337,12 (0,8%)

Total de resíduos gerados (t)

37.724,87 39.514,96 40.423,54

Intensidade de resíduos gerados (t/pac.dia)9

0,0138 0,0143 0,0160

Comparação ao reporte anterior²

Reduziu
Classificação Composição

Operação de recuperação (fora da organização)³

20237, 10

20226

20215

Resíduos perigosos

Lâmpadas4

Reciclagem 6,45 (0,2%) 3,77 (0,1%) 2,80 (0,1%)
Pilhas e baterias 4,38 (0,1%) 2,68 (0,1%) 2,75 (0,1%)

Eletroeletrônicos8

100,29 (2,8%) 85,96 (2,7%) 134,77 (5,0%)

Resíduos não perigosos

Resíduos de alimentos

Compostagem

478,08 (13,4%) 467,33 (14,6%) 337,12 (12,5%)

Papel, metal, plástico, vidro, entre outros

Reciclagem 2.984,44 (83,5%) 2.637,63 (82,5%) 2.215,26 (82,3%)
Total de resíduos não destinados para disposição final (t) 3.573,64 3.197,37 2.692,70

Intensidade de resíduos não destinados para disposição final (t/pac.dia)9

0,0013 0,0012 0,0011

Comparação ao reporte anterior²

Aumentou
Classificação Composição

Método de disposição final (fora da organização)³

20237, 10

20226

20215

Resíduos perigosos

RSS – Infectante4

Outras operações de disposição (autoclavagem)

6.245,42 (18,3%)

5.571,15 (15,3%)

11.944,01 (31,7%)

Incineração (sem recuperação de energia)

2.022,60 (5,9%)

3.414,17 (9,4%)

RSS - Químicos

Incineração (sem recuperação de energia)

523,16 (1,5%)

962,87 (2,7%)

1.126,78 (3,0%)

RSS - Perfurocortantes4

Outras operações de disposição (autoclavagem)

350,94 (1,0%)

347,88 (1,0%)

768,36 (2,0%)

Incineração (sem recuperação de energia)

176,42 (0,5%)

411,27 (1,1%)

Resíduos não perigosos

RSS - Comuns (rejeitos)

Confinamento em aterro

24.832,71 (72,7%)

25.610,25 (70,5%)

23.891,69 (63,3%)

Total de resíduos destinados para disposição final (t)

34.151,25 36.317,59 37.730,84

Resíduos destinados para disposição final (t/pac.dia)9

0,012 0,013 0,015

Comparação ao reporte anterior²

Reduziu

1 Classificação de resíduos de serviços de saúde (RSS) em grupos A, B, C, D e E, conforme Resolução ANVISA RDC Nº 222/2018. O grupo C (radioativos) não é contabilizado.

2 Houve redução tanto para perigosos, como não perigosos, o que, por consequência, ocasionou na redução do total de resíduos gerados em cerca de 3,5% (intensidade consolidada). Isto pode se justificar devido à estruturação do Programa de Gestão de Resíduos e de seu subprograma de redução de resíduos, bem como pela intensificação de treinamentos ministrados.

3 Não há resíduo contabilizado o qual não tenha sido enviado para destinação final [GRI 306-4]. Em 2023, o total de resíduos perigosos não destinados para disposição final (reciclagem) foi de 111,12, e para resíduos não perigosos (reciclagem e compostagem) foi de 3.462,52, totalizando 3.573,63. Este total de resíduos recicláveis (reciclagem) e orgânicos (compostagem) são enviados para fora da organização. Ajustamos o reporte deste indicador em relação ao ciclo anterior por interpretação mais assertiva do que é solicitado em seu protocolo [GRI 2-4]. Os demais métodos de destinação contemplam o GRI 306-5. O somatório dos indicadores GRI 306-4 e GRI 306-5 (consolidado) contempla o GRI 306-3 (resíduos gerados consolidados).

4 O indicador de lâmpadas engloba lâmpadas fluorescentes e lâmpadas LED.

5 Os dados de 2021 contemplam somente os meses de agosto e setembro do Hospital São Lucas RJ.

6 Os valores apresentados em 2022 para a Maternidade Star só foram considerados a partir do mês de maio, quando a unidade começou a sua operação.

7 Os valores apresentados em 2023 para a unidade São Luiz Campinas só foram considerados a partir do mês de março, quando a unidade começou a sua operação.

8 No ciclo anterior, os eletroeletrônicos estavam reportados como “não-perigosos”, e neste ano foram reportados como “perigosos”. Além disso, houve retificação no valor para 2021 de 133,68 t para 134,77t, e para 2022 de 85,96 t. Esta alteração é insignificante dado que foi uma alteração inferior a 10% para cada ano, bem como pela representatividade destes resíduos em relação aos demais [GRI 2-4];

9 Por ser uma métrica cujo denominador é específico para unidades hospitalares próprias, o cálculo de intensidade considera apenas esta tipologia de negócios. Em todo caso, a quantidade de resíduos gerados por hospitais corresponde a praticamente 100% do volume. Assim, foi considerado como numerador o total de resíduos gerados (perigosos e não perigosos) em hospitais em 13.067,98 (perigosos) e 24.767,56 (não perigosos), totalizando 37.835,55 para 2021; e 10.181,52 (perigosos) e 27.834,01 (não perigosos), totalizando 38.015,53 para 2022; e 9.295,31 (perigosos) e 28.160,865 (não perigosos), totalizando 37.456,18 para 2023. Reconhecemos que o ideal é haver o reporte separado, e consolidado, e avaliaremos esta possibilidade para os próximos ciclos.

10 Neste ano, para estes indicadores, estão sendo consideradas as unidades hospitalares (com exceção das unidades Badim, Cinco de Outubro e Yutaka Takeda), as unidades oncológicas, as unidades Richet, duas unidades do IDOR e três unidades corporativas.

O tema material resíduos também é considerado estratégico em nosso Planejamento Estratégico ESG. Cada uma de nossas unidades hospitalares possui o seu PGRSS (Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde), aprovado pelo órgão regulador competente. A supervisão da iniciativa está a cargo da equipe corporativa de Sustentabilidade e Meio Ambiente, que também é responsável pelas auditorias ambientais anuais, realizadas internamente, para garantir a adequada execução de todas as normas e procedimentos internos, bem como legislações de âmbito municipal, estadual e federal, e externamente para garantir a prestação adequada dos serviços de coleta, transporte, tratamento, destinação e disposição final de resíduos. Em 2023, os investimentos com o gerenciamento de resíduos totalizaram R$ 31,9 milhões.

As auditorias internas seguem uma Matriz de Riscos Ambientais, estabelecida para definir graus de risco para cada unidade, considerando diversos critérios materiais. Ao longo de 2023 foram realizadas 93 auditorias ambientais internas e 23 externas. Nas auditorias internas foram identificados 1.714 eventos e 733 ações foram implementadas. Registramos uma efetividade de 43% relacionada à redução de inconformidades reincidentes [GRI 2-25].

Estabelecemos um programa de gestão de resíduos, composto por três principais sub-programas estruturados dessa temática, respeitando a hierarquização de destinação de resíduos estabelecida na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei Federal Nº 12305/2010): a) Redução de Resíduos; b) Logística Reversa, Reuso e Reciclagem; e c) Uso de Materiais Reciclados.

foram investidos em gerenciamento de resíduos

Em 2023, tivemos uma redução de

dos resíduos perigosos gerados

Redução de

do total de resíduos gerados

Firmamos várias parcerias visando a redução do volume de resíduos gerados, como a parceria com a marca Lindoya Verão, priorizando a aquisição de garrafas d’água com menor uso de polietileno tereftalato (PET) em sua composição.

Além disso, definimos com a Janssen que as entregas de perecíveis e carga seca passariam a ser realizadas em embalagem retornável, eliminando o uso de papelão, isopor e plástico na operação logística e reduzindo o trânsito de resíduos.

Diversas ações realizadas em nossas unidades colaboram para reduzir a geração de resíduos e, em alguns casos, para gerar economia. É o caso da substituição de copos descartáveis na obra do Novo Barra D’Or, no Rio de Janeiro (RJ). A projeção era de uso de 1,4 milhão de copos ao longo de 14 meses de obra, a um custo estimado de R$84 mil. Com a substituição por copos de silicone e squeezes, foram gastos apenas R$7,3 mil e mitigado um importante impacto ambiental.

O processo de padronização de cortinas descartáveis é outro exemplo dessa natureza. O modelo que usava ganchos plásticos foi substituído por outro fixado com fitas adesivas, o que resultou na redução de 17% no preço médio das cortinas e na retirada de cerca de 800 quilos de plástico do meio ambiente todos os meses (mais informações em Incentivo a boas práticas).

Ao longo de 2023 conseguimos reduzir a intensidade de resíduos gerados nas nossas operações de 0,0143 para 0,0138 t/pac.dia [GRI 306]. Do total de resíduos gerados, 25% foram classificados como resíduos perigosos. Desses resíduos, tivemos uma redução de 13% na quantidade total, comparado ao ano anterior, os quais são destinados a métodos especiais de descarte – como incineração por queima de massa ou por autoclavagem.

Do total de resíduos não-perigosos, 12% do grupo D foram destinados à reciclagem e a compostagem, enquanto o restante seguiu para aterros sanitários. Não houve registro de contaminações ou vazamentos significativos de qualquer espécie.

Todas as nossas unidades estimulam os colaboradores à prática da reciclagem. Os resíduos coletados com tal intuito são direcionados para empresas especializadas, que realizam o reprocessamento em conformidade com a legislação ambiental vigente ou direcionam os resíduos para cooperativas de reciclagem.

Desde 2022 temos uma ferramenta de acompanhamento mensal do cumprimento das metas de reciclagem das nossas unidades hospitalares, o Reciclômetro, que nos ajuda a alcançar nossa meta de alcançar 30% de taxa de resíduos recicláveis até 2030. Sobre isto, ver performance da meta no tema material “resíduos”, no capítulo “Metas ESG”.

Algumas práticas de reciclagem e reaproveitamento de materiais colaboram para a redução de resíduos destinados ao aterro sanitário. Uma delas é o reaproveitamento de mantas em SMS, material que tem a finalidade de embalar artigos médico-hospitalares esterilizados, para a confecção de bolsas ecológicas, porta celular, lixeirinhas de carro, aventais, entre outros usos.

Apesar de ser uma prática bastante disseminada em nossas unidades hospitalares, a coleta seletiva ainda não era uma realidade nos escritórios corporativos do Rio de Janeiro. Por isso, em 2023 foi iniciado um projeto piloto para testar a iniciativa, com a disposição de lixeiras identificadas para cada tipo de material reciclável, campanhas de educação, conscientização e treinamentos, além do lançamento da nossa Cartilha de Coleta Seletiva, que visa também aprimorar a prática em nossas unidades de saúde. Como resultado, o hospital Esperança Olinda (PE), realizou a implementação de baias de acondicionamento de resíduos destinados à coleta seletiva e diversas ações de educação na campanha “Mês da Reciclagem”.

Visando reaproveitar materiais reciclados e empregá-los dentro das atividades hospitalares, algumas unidades possuem parte de seus uniformes confeccionados em tecidos mistos com fibras de poliéster reciclados e produzidos por fornecedora que trabalha com a reciclagem de garrafas PET para produção do poliéster reciclado.

O processo de obtenção da fibra PET reciclado consiste no seguinte:

  • As embalagens de PET usadas são coletadas, selecionadas e moídas, transformando-se em flakes (flocos);
  • Os flakes passam por um processo de extrusão e são transformados em resina PET novamente;
  • A resina reciclada passa por um processo de alta tecnologia, transformando-se em fibra de poliéster;
  • Essa fibra de poliéster, associada ao algodão, resulta em tecidos de alto desempenho, toque agradável e excelente nível de conforto.

Alguns dos resultados mais recentes podem ser vistos com detalhe no capítulo "Privativos em tecidos mistos com fibras de poliéster reciclados de garrafas PET".

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